10/01/2019

# aventura # Carolina Munhóz

RESENHA: Por Um Toque de Ouro -Trindade Leprechaun- Carolina Munhóz



Ruiva, olhos verdes, corpo esbelto e um toque de sorte que parece inesgotável. Assim é a jovem Emily O'Connell, futura herdeira da luxuosa marca de sapatos e bolsas O'C. Integrante de uma das famílias da alta sociedade irlandesa, ela é uma espécie de ícone da cultura pop no país, venerada por milhões de garotas e cortejada pelos rapazes mais bem-sucedidos e famosos da Europa. Para completar, tem um ótimo relacionamento com os pais, que a adoram. O que Emily não sabe é que sua vida quase perfeita está por um fio.

Ao lado de Darren, seu melhor amigo, Emily frequenta festas e pubs. Embora os dois estejam matriculados na mesma universidade, a prestigiada Trinity College, ela acumula faltas no curso de Dramaturgia. Quando decide voltar às aulas após um estranho incidente com um rapaz na comemoração do dia de St. Patrick, a jovem fica em dúvida se sua sorte chegou ao fim: começa o dia discutindo com um renomado professor de teatro e termina com um esbarrão em um garoto, que a trata de forma grosseira, ao entrar na festa de casamento de uma amiga da família.


Para a surpresa de Emily, o garoto se aproxima e puxa conversa. Embora sinta-se atraída por ele, Emily fica irritada com seu jeito arrogante e decide sair de perto. Quando achou que havia se livrado do garoto, a noiva decide apresentá-los. Trata-se de Aaron Locky, herdeiro de uma das famílias mais ricas de São Francisco, nos Estados Unidos. A partir daí, os caminhos de Emily e Aaron voltam a se cruzar, e a curiosidade da ruiva aumenta na mesma proporção da atração que sente por ele.


Afinal, que segredos ele esconde por trás de seus cabelos compridos e de sua risada irônica? De algum modo, Aaron exerce sobre ela uma atração irresistível, como se uma aura de poder os cercasse e os unisse. Ele tem muito a ensinar a Emily, mas, entre todas as coisas, ela nunca imaginaria que poderia estar envolvida com uma tradição secular lendária.

Por um toque de ouro é o primeiro livro da Trindade Leprechaun.


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O livro é fácil de ler, a leitura é fluida e o tema é bem diferente, abordando o mito dos leprechauns. A história não é fantástica mas vale a pena dar uma conferida.









O que dizer sobre esse livro? 

Em "Por Um Toque De Ouro" somos apresentados ao primeiro livro da Trindade Leprechaun de Carolina Munhóz. Conhecemos então Emily uma socialite acostumada a ser o centro das atenções e conseguir sempre tudo o que quer,arrogante e mimada,a vida dela não possui nenhum sentido a não ser gastar o dinheiro dos pais em festas e compras. 

Emily é muito sortuda -assim como seus pais- e acha sua vida perfeita. Ela é herdeira de uma das marcas mais proeminentes do high fashion, um ícone no pais e líder de seu grupo de amigos. Pode se imaginar então que ela é extremamente fútil - e nossa, como é! Mas sinceramente, eu achei isso tão verdadeiro, já vi muitos livros em que os autores fazem com que as socialites sejam super amigas dos empregados, tenham uma moral super elevada, e sejam meio que anjinhos. A gente sabe que não é assim, pelo menos não sempre. Ela é superficial, tratou as pessoas mal, foi grossa e queria sempre estar nos holofotes. Eu a amei porque ela tem personalidade, mesmo que não seja das melhores.

"Você já reparou que todos os seus comentários são baseados em dinheiro, sexo, bebida e festas? Quando foi a última vez que avaliou o valor de algo pela paixão, não pelo preço?"

Eu não gostei da historia do livro, o tema é muito legal mas foi muuuito pouco explorado. A gente só vê a sorte da Emily agindo pouquíssimas vezes, e as explicações sobre o assunto são rápidas e, sinceramente, sem graça. Poderia ter sido incrível, mas não foi, e acabou virando um livro basicamente sobre a vida de uma socialite. 

Agora, sobre o envolvimento romântico dela com o Aaron: forcado. Muito, sério. Primeiro que a autora tentou dar uma aura sombria e misteriosa (porém sexy) para ele e, lamento dizer, falhou. Era estranho. Ele não é carismático e a autora não conseguiu me convencer que ele é bonito. Eu estava imaginando ele como o Skeet Ulrich em Melhor Impossível que não é exatamente meu exemplo de mocinho. A química que Emily diz sentir com Aaron não foi passada para os leitores, infelizmente. Na verdade ela tem mais química com o melhor amigo gay.

Skeet Ulrich em Melhor Impossivel

Falando em melhor amigo gay, um dos melhores personagens do livro, se não o melhor. Darren é engraçado, leal e parece ter uma queda pela Emily! Achei a relação deles meio estranha da parte dele, na maioria das vezes ele parecia mais um carinha na friend zone e sinceramente, não muito gay. Foi a impressão que eu tive pelo menos.

Em um determinado ponto do livro as coisas começam aficar difíceis pro lado da Enily, mas não me convenceu. Os pais dela foram assassinados e não mexeu comigo porque a autora não soube escrever para mexer com nosso emocional. E o "mistério" do livro foi bem óbvio para mim, eu odeio quando isso acontece, pois ai os personagens só ficam sonsos sabe? Porque é óbviooooo.

Então... acho que eu não gostei do livro exatamente pelos diferenciais dele. A lenda dos leprechauns foi mal apresentada e parecia algo mais simbólico do que realmente físico. O vilão é ridículo, francamente, além de óbvio. Se fosse um livro sobre uma socialite com romance teria sido um livro muito bom (se mudasse o mocinho), mas a autora resolveu complicar a história e não deu muito certo.

Ah, eu só queria dizer que achei a capa fan-tás-ti-ca! Linda mesmo, parabéns.



O livro está disponível no Kindle Unlimited : AMAZON


Obs: Como li o livro no Kindle, o link gratuito te redirecionará para o LeLivros (que infelizmente, nem sempre funciona), ao invés da BIBLIOTECA DO BLOG.



























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André William Segalla

Ler é viver mil vidas diferentes em uma única existência.